Ser casado e ter um relacionamento aberto, funciona?

Não é muito comum falar-se do casamento aberto, talvez por não ser aceite como prática correta pela maioria da sociedade, que considera que um relacionamento aberto nunca poderá funcionar a longo prazo. Será que é mesmo assim?

É verdade que relacionamentos abertos têm a sua quota-parte de disfunção, mas existem muitos casamentos abertos saudáveis e felizes.

 

Será que o relacionamento aberto funciona mesmo?

É raro existir um relacionamento aberto em que os indivíduos têm sexo com quem quiserem, quando quiserem sem qualquer consideração pelos sentimentos e preferências do seu cônjuge. Contrariamente à imagem patriarcal da poligamia de outros tempos, hoje em dia são as mulheres que mais frequentemente lideram os casais polígamos.

Muitos casamentos abertos duram muitos anos, em que o casal consegue manter uma ligação muito próxima, e que ambas as partes sejam muito especiais um para o outro. Indivíduos que tiveram outros amores e parceiros sexuais com o decorrer dos anos. É claro que às vezes têm de lutar contra o ciúme, mas nunca se arrependem de experimentar a rica e profunda intimidade com outras pessoas. Existem poucos casais com a sorte de ter uma parceria tão criativa, expansiva, e produtiva.

Enquanto muitas pessoas escolhem os seus parceiros baseando-se unicamente na atracão sexual, as que estão mais cientes apercebem-se que o sexo sozinho não é uma base forte o suficiente para um compromisso a longo prazo. Os mais conscientes também se apercebem que o compromisso e a fidelidade não são sinónimos de monogamia, e sabem a diferença entre convivência saudável e co-dependência.

Há pessoas que acreditam que se deve ter a disciplina para definir limites relativamente ao seu envolvimento com indivíduos fora do casal, outros defendem que o propósito de um casamento polígamo é precisamente experienciar e desenvolver relacionamentos com indivíduos for do casal através da intimidade. Isto mostra que seres humanos são uma espécie extremamente diversa, com a capacidade de desenvolver relacionamentos com ninguém, uma pessoa de cada vez, ou várias em simultâneo.

Outra posição que era defendida anteriormente era que crianças podem sofrer no seio de um relacionamento aberto. Isto não é necessariamente verdade. Agora entende-se que é necessário pelo menos uma figura “materna”, pois a sua saúde pode ser comprometida mesmo tendo comida e abrigo. Sendo uma figura “materna” o suficiente para suportar a vida, há quem defende que duas ou mais figuras “maternas” são necessárias para alcançar o nosso verdadeiro potencial.

Temos um exemplo de uma psicóloga que conta que, quando recebe um casal em que um indivíduo quer ter um relacionamento aberto enquanto o parceiro não o deseja, a recomendação é que o primeiro indivíduo convide o parceiro a ter relações extraconjugais primeiro. Frequentemente, este convite não é recebido com muito entusiasmo, mas a sua inevitabilidade faz surgir sentimentos em ambos os elementos do casal que os ajuda a ter mais compaixão e compreensão pelos respectivos pontos de vista.

A realidade é que todos temos desejos pela monogamia e pela não-monogamia e pode ser problemático sugerir uma relação polígama sem ter a certeza daquilo que se quer.

Uma Resposta

  1. Abigail
ENCONTROS SEM COMPROMISSO HOJE MESMOQUERO ENTRAR!